sábado, 28 de agosto de 2010

A história de Ana e Bruno

Era dia 7 de outubro, Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando a garota chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. ‘Aceite’, pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo.
Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra.
Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho.
Era também o caso de Bruno.
O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.
E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.
Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre.

Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir.
O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana.
Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam.
Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada.
Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em Londres pra vir pra Bolton! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse.
- Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu.

Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota.
- Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra?
Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.
A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração.
Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano.
Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás.
Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você.
- Diga. – Bruno sorriu.
- Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas.

Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante.
Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto.
Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – 'Malditas escadas enormes', pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana.
A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.

Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.
Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno.
Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele.Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.
Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.

- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Any? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo.
A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.
Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.
- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras.

Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. "Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo. Eu te amo! PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"

Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso.
Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal, o coração do homem de sua vida batia dentro dela.


sábado, 21 de agosto de 2010

Meu arco-íris tem milhões de cores, vivo do que é abstrato e duvido de tudo que é concreto, acredito em amor verdadeiro e principalmente em amores eternos. Você pode até tentar me empurrar de um penhasco, mas com certeza eu irei dizer sorrindo: E dai ? Eu amo voar! 

Nem tudo na vida, tem um porque! 
A vida é curta, quebre as regras, 
viva intensamente, deseje ardentemente, 
perdoe rapidamente, beije demoradamente, 
ame verdadeiramente, ria incontrolavelmente, 
e nunca deixe de sorrir, por mais estranho que seja o motivo.

A vida não pode ser a festa que esperávamos, mas enquanto estamos aqui, devemos dançar.






segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Eu odeio

Eu tenho, você tem e eu duvido que aquele cara ajoelhado na frente do santo ou aquela mulher descalça numa ciranda espírita não tenham: ódio. E eu não sou só isso, eu não sou assim o tempo todo. Mas, sim, eu odeio, e como. E a cada dia eu odeio mais conscientemente, a cada ano eu odeio mais especificamente, a cada noção de vida eu odeio mais verdadeiramente.
Eu odeio que encostem o cotovelo, a bunda ou uma cerveja molhada em mim enquanto eu tento encontrar um espaço para dançar. Odeio que encostem em mim, odeio a pele de um desconhecido indesejado.
Odeio homens com camisetinhas justas e colares.Odeio meninas ensebadas que mexem demais no cabelo e olham para os lados com vergonha da própria existência. Odeio homens que olham para bundas como se admirassem uma carne pendurada no açougue e odeio mais ainda quando fazem bico e aquele sim com a cabeça, tipo "concordo com o mundo que ela é muito gostosa", e se ele fizer aquela chupada pra dentro do tipo "hummmmm delícia" já é algo que ultrapassa os limites do meu ódio. Odeio bater o dedinho do pé na quina, futebol pelo rádio, cigarro enquanto eu estou comendo (ou a qualquer hora), mau atendimento em restaurante (ou em qualquer lugar) e pessoas que não sabem chupar laranja ou tomar sopa sem fazer barulhos.
Eu odeio que faça sol se preciso de uma desculpa para não sair de casa. Odeio chuva se tenho roupas novas de verão. Odeio flanelinhas, patricinhas. Odeio mau hálito e mais ainda o fato de que justamente as pessoas que tem mau hálito são aquelas que falam mais baixo e nos obrigam a ter que chegar perto. Odeio machismo, submissão e mais do que tudo isso ter que ser forte o tempo todo. Odeio com toda a força do meu ódio o telemarketing e que me chamem de senhora duzentas vezes por minuto. Odeio todas as meninas bonitas que tem peitos e bundas e que provavelmente vão ficar caídas e usadas daqui alguns anos. 
Eu odeio a nova moda das atrizes, modelos e manequins de tatuar a inicial do namorado da semana. Odeio pessoas muito oleosas, muito peludas, muito suadas e acima de tudo meninas que cheiram a lavandas. Odeio quem comemora porque passou numa faculdade que meu primo de 8 anos passaria e quem diz "peguei a mina". 
Odeio os Estados Unidos, mas odeio muito mais o fato de a gente ter sangue europeu e ainda assim ficar imitando esses estúpidos, que também têm sangue europeu mas são estúpidos por herança criada. Odeio a frase "eu vou no super, comprar umas cervas para o churras". Odeio cariocas que se acham superiores só por causa da praia, mas vêm ganhar dinheiro aqui. Odeio a vontade que eu sinto de rebolar quando escuto a Britney Spears, odeio ter chorado no Titanic. Odeio meninas caçadoras de homens ricos mas odeio sair com um cara que está tentando começar um relacionamento e ter que rachar a conta, seria mais simpático me deixar pagar a conta toda. Rachar é péssimo. 
Eu odeio que me mandem falar mais baixo e odeio que falem alto. Odeio que me olhem e que não me vejam.Odeio quando não me cumprimentam. Odeio quando estou conversando sério com uma pessoa e esse ser não olha no meu olho. Odeio aquele velho filho-da-puta me olhando de cima abaixo, como eu odeio aqueles pedreiros safados mexendo comigo (meu filho quem gosta de coisa velha é museu).
Eu odeio dividir banheiro, pêlo alheio em sabonete, acordar cedo e meninas adolescentes peruas com voz de pato. Odeio tapinha dos homens e beijinho falso das mulheres. Prefiro virar a cara, prefiro cuspir, prefiro odiar. 
Eu ainda sonho que vou ter um mundo só pra mim!


Eu posso ser mil coisas, da mais pura e ingênua garota até a mais devassa e sem escrúpulos, você escolhe.


sábado, 14 de agosto de 2010

Love the Way You Lie - Rihanna e Eminem

Amo o jeito que você mente



(Rihanna)
Só vai ficar aí e me ver queimar
Mas tudo bem porque eu gosto do jeito que dói
Só vai ficar aí e me ouvir chorar
Mas está tudo bem pois eu amo o jeito que você mente
Eu amo o jeito que você mente

(Eminem)
Eu não posso te dizer o que realmente é
Eu só posso dizer qual é a sensação
E agora é uma faca de aço no meu tubo
Não posso respirar, mas lutarei enquanto puder lutar
Enquanto o errado parecer certo, é como se eu
estivesse em um vôo
Eu ofereço um amor, bêbado de meu ódio
É como se eu estivesse fumando tinta e quanto mais eu
sofro, mais eu amo
Eu me sufoco
Não posso amortecer a queda, estou prestes a me
afogar, ela me ressuscita
Caralho ela me odeia e eu adoro isso
Espere!
Para onde você vai?
Eu estou deixando você
Não, você não vai
Volte
Nós estamos correndo de volta,
Aqui vamos nós de novo, é tão louco
Porque quando ela está indo bem, está ótimo
Eu sou o Super-homem, com o vento nas costas
Ela é a Lois Lane
Mas quando é ruim, é horrível
Eu me sinto tão envergonhado
Droga!
Quem é aquele cara?
Eu nem sei o nome dele
Eu coloquei minhas mãos nele,
Eu nunca vou abaixar tanto novamente
Eu acho que eu não conheço minha própria força

(Rihanna)
Só vai ficar aí e me ver queimar
Mas tudo bem porque eu gosto do jeito que dói
Só vai ficar aí e me ouvir chorar
Mas está tudo bem pois eu amo o jeito que você mente
Eu amo o jeito que você mente
Eu amo o jeito que você mente

(Eminem)
Você já amou alguém tanto
Que você mal consegue respirar
Quando você está com eles?
Você encontra
E nenhum de vocês
Nem sequer sabem o que os atingiu
Tenho aquela estranha sensação quente
Sim, os arrepios
Eu costumava ter
Agora você está ficando com um puta cansaço
De olhar para eles
Você jura que nunca bateu neles
Nunca fez nada para ferir eles
Agora você estão cara a cara
Espalhando veneno
E essas palavras
Quando você as cuspiu
Vocês empurram
E puxam o cabelo um do outro
Arranha, agarra, bate neles
Joga eles no chão
Dá um nocaute
Tão perdido nos momentos
Quando está dentro deles
É a loucura com que os grandes
Controlam vocês dois
Então eles dizem que é melhor
Seguir caminhos separados
Acho que eles não conhecem você
Porque hoje
Isso foi ontem
O dia de ontem terminou
É um dia diferente
Parece um disco arranhado
Tocando repetidamente
Mas você prometeu a ela
Da próxima vez que você mostrar restrição
Você não terá outra chance
A vida não é um jogo de Nintendo
Mas você mentiu de novo
Agora você pode vê-la ir embora
Pela janela
Acho que é por isso que eles chamam de vidraça

(Rihanna)
Só vai ficar aí e me ver queimar
Mas tudo bem porque eu gosto do jeito que dói
Só vai ficar aí e me ouvir chorar
Mas está tudo bem pois eu amo o jeito que você mente
Eu amo o jeito que você mente
Eu amo o jeito que você mente

(Eminem)
Agora eu sei que dissemos coisas
Fizemos coisas
Que não tínhamos a intenção de fazer
E nós voltamos
Para os mesmos padrões
Mesma rotina
Mas seu temperamento é tão ruim
Quanto o meu
Você é igual a mim
Mas quando se trata de amor
Você é tão cego
Baby, por favor, volte
Não foi você
Amor, fui eu
Talvez o nosso relacionamento
Não seja tão louco quanto parece
Talvez seja isso que acontece
Quando um tornado encontra um vulcão
Só sei que
Eu te amo muito
Para ir embora agora
Vamos entrar
Tire as suas malas da calçada
Você não ouve sinceridade
Na minha voz quando eu falo?
Disse que é culpa minha
Me olhe nos olhos
Da próxima vez que eu estiver chateado
Eu vou apontar meu punho
Pra parede
Da próxima vez
Não haverá próxima vez
Peço desculpas
Embora eu saiba que é mentira
Estou cansado dos jogos
Eu só quero ela de volta
Eu sei que sou um mentiroso
Mas, porra, se ela tentar ir embora de novo
Eu vou amarrá-la na cama
E tocar fogo na casa
Só vou

(Rihanna)
Só vai ficar aí e me ver queimar
Mas tudo bem porque eu gosto do jeito que dói
Só vai ficar aí e me ouvir chorar
Mas está tudo bem pois eu amo o jeito que você mente
Eu amo o jeito que você mente
Eu amo o jeito que você mente



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Eu não preciso de ninguém que não queira estar comigo.




Vingativa não, maldosa muito menos, eu apenas gosto que as pessoas recebam aquilo que merecem.




Não importa por quanto tempo você tente bancar a boa moça, você jamais vai sufocar totalmente a capetinha que existe dentro de você!
O problema com contos de fadas é que eles levam uma garota ao desapontamento. Na vida real, o príncipe foge com a princesa errada...


terça-feira, 10 de agosto de 2010

As vezes você precisa começar de novo, para conseguir voar !




 

Garotos pensem !

Você já parou para pensar na garota que está ao seu lado? Nos carinhos que ela te dá? Nas confusões que ela te cria? Na carência que ela sente? Você já deu valor para as crises de ciúmes? Para as brigas? Para as reconciliações? Para os beijos e abraços? Você já pensou em elogiá-la, ao invez de criticá-la? Já reparou nas mil qualidades que ela tem, sendo que nela você só enxerga os poucos defeitos?
Você já prestou atenção no jeitinho dela sorrir? Na cara feia de brava? No jeito que ela fala quando quer alguma coisa? Nas indiretas que são sempre diretas? Você já falou que o cabelo dela está bonito? Que ela fica bem com aquela roupa? Que gostou da surpresa que ela te fez? Você já imaginou que aquele garoto apaixonado por ela dava tudo pra estar o seu lugar? Já pensou que ele adoraria ser amado por ela e ter a oportunidade de dizer que a ama? Você já pensou que se você não der carinho, atenção, cuidado, ela pode se sentir sozinha? Que UMA palavra sua pode deixar o dia dela MUITO melhor? Ou muito pior... Que sua indiferença pode ofendê-la? Que sua ausência pode machucá-la? Você já tentou viver sem ela? Sem os beijos e carinhos dela? Sem a preocupação dela? Sem as reclamações dela? NÃO?! Então tenta... por que só assim você vai parar pra pensar, dar valor nas coisas que sempre estiveram ao seu lado, você tem uma pessoa de muito valor, mas cuide dela, cuide bem dela, por que suas atitudes podem machucar... e eu sei que você não quer perdê-la!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010


Então, alguns dias atrás, eu parei para observar minha vida e percebi que estava tudo muito errado. As pessoasm inseparáveis e insubstituiveis haviam sumido. Aliás, muitas pessoas haviam sumido. Muitas decisões batiam na minha porta insistentemente e eu não sabia o que fazer. Ir ou ficar. Aceitar o presente, esquecer o passado, ignorar as pessoas e acontecimentos ao redor. Não foi fácil. 
Não era dor, não era medo, era só a ausência de todo e qualquer sentimentos. A angustia de não saber como seguir.
Aí, já sem muitas boas alternativas, eu decidi recorrer ao passado; voltar a costumes. E se algo bom pudesse acontecer novamente? Se eu, com meu medo de levantar e seguir, decidisse apenas retornar pela estrada que já conhecia? A ideia, confesso, foi péssima. Não só a parte ruim da mesma história aconteceu, como também, foi catastrófico todo o resto.
Sem passado, perdida no presente e sem saber sobre o futuro.
Por último, agora em total desespero, minha melhor resposta foi apenas deixar certas coisas acontecerem. Evitar os maus, acolher os bons. Não ser muito feliz para não atrair a tristeza, não ser muito triste para não afastar as pessoas. Ser eu mesma não sendo, pois, ainda não sei muito bem quem sou.
As coisas estão mudando, e isso da medo. Mas tudo tem que mudar. Não se sabe o que virá depois de algumas mudanças para pior, afinal, há males que vem para o bem.
Ficar me chatiando a toa, ou brigando, ou me estressando é algo que saiu dos meus planos. Estresse causa rugas, e pretendo chegar aos sessenta sem nenhuma. 

Me deixa ser Feliz!

Te peguei!

Os irmãozinhos João e Maria resolveram brincar de esconde-esconde. O João foi se esconder no armário, quando, de repente, o pai dele entra no quarto com a empregada, começa a tirar a roupa dela, joga ela na cama, e, o João dá um pulo pra fora do armário e grita:
- Te peguei! Vou contar tudo pra mãe!
O pai dele com um misto de assustado e irritado tenta tomar o controle da situação:
- Não vai contar nada não, seu moleque!
- Eu não conto se você me der cinco reais.
- Eu não vou te dar o dinheiro e você não vai contar nada.
E o menino só de pirraça, foi contar.
- Mãe, sabe o que o pai estava fazendo com a empregada?
A mãe dele se tocou na hora e disse:
- Não me fala agora. Hoje os seus avós vão vir jantar, e aí você fala.
Quando estavam todos na mesa, os avós, o pai, a mãe, a Maria e o João, a mãe puxa a conversa:
- Então, o João me disse que viu o pai fazendo algo com a empregada. O que ele fez, hem João?
- Eu estava escondido no armário do quarto quando eu vi o pai entrando no quarto com a empregada. Aí, ele tirou a roupa dela, jogou ela na cama e começou a fazer com ela a mesma coisa que a mãe faz com o padeiro da esquina.

domingo, 1 de agosto de 2010

Desabafo :/

Se eu te falar que sinto sua falta e que eu te amo muito. Você promete que fica comigo pra sempre?
Eu preciso te ver eu preciso estar perto de você, mesmo que você na seja meu!
Eu quero que você implique comigo, eu quero que você faça com que eu fique nervosa e com que eu acabe batendo em você e isso tudo só por causa de algo que você falo que me irrita, e você sabe como ninguém o que me irrita, e sabe porque eu quero que você faça tudo isso que eu odeio? É porque eu te amo, e já que você não é meu, pelo menos quando você implica comigo eu vou estar falando contigo, pelo menos quando você faz com que eu fique nervosa e eu acabo batendo em você, pelo menos eu estou tocando em você, pelo menos estou sentindo o seu calor, pelo menos estou perto de você. Ah como eu te amo, mas você não merece. A pessoa que merece o meu amor, sofre por minha causa, mas eu não consigo gostar dela..
É eu sempre vou ser a garotinha boba que se apaixonou por você e que sonha todas as noites com você sentindo o mesmo por ela, mas nada é impossível!
Não perco a esperança de te ter de novo em minhas mãos

E eu não vou dizer que tudo foi em vão, pois de todas as coisas que eu pedi no natal você é aquela que eu mais quero ter em minhas mãos