O biquíni ou bikini tem sua criação disputada por dois estilistas nascidos na França. Jacques Heim foi pioneiro ao elaborar o chamado ‘atome’, descrevendo-o como “o menor maiô do mundo”. Mas, logo depois, Louis Réard gerou um produto ainda menor que o de seu antecessor, batizando-o de ‘bikini’, lembrando seu potencial revolucionário quando o associou ao local do Pacífico no qual a bomba atômica foi lançada experimentalmente pelos norte-americanos, em julho de 1946. Assim, Réard é até hoje considerado o verdadeiro pai desta peça do vestuário feminino que reveste o busto e os órgãos localizados abaixo do tronco.
O biquíni aterrissou no Brasil no fim da década de 50, inicialmente através das famosas vedetes, entre elas Carmem Verônica e Norma Tamar, que atraíam completamente a atenção ao desfilarem nas praias localizadas diante do Copacabana Palace, na cidade do Rio de Janeiro. Não demorou muito para que a maior parte das brasileiras, com a sensualidade à flor da pele, adotassem também este figurino. A partir deste momento as praias brasileiras, especialmente as cariocas, tornaram-se tradicionais palcos da moda praia.
Este elemento do vestuário atingiu seu ponto alto de desenvolvimento nos anos 60, com Ursula Andress incorporando esta peça em uma passagem do filme 007 contra o Satânico Dr. No, de 1962. Nesta década o biquíni era mais ousado, revelando bem o umbigo e portando uma cava maior que a dos anos 50. Dois anos depois Rudi Gernreich, designer americano, criou o ainda mais polêmico ‘topless’, no qual se torna desnecessária a parte superior do biquíni. Em nosso país, berço da moda ligada à praia, esta inovação não foi bem-sucedida, embora tenha feito sucesso nas areias de alguns países europeus.
No Brasil, onde o público-alvo é cada vez maior, por suas inumeráveis praias, sua costa litorânea que comporta pelo menos 7 mil quilômetros de praias, um clima marcado pelo verão incessante em várias partes do país, a moda praia está sempre na dianteira, garantindo aos estilistas brasileiros um papel de liderança no universo ‘fashion’. Assim, não é difícil compreender porque o biquíni brasileiro é celebrizado internacionalmente, por sua intrepidez, sua alta tecnologia, suas virtudes ímpares.
Desta forma, na década de 90, a febre dos acessórios de praia assola as terras brasileiras. Surgem as saídas de praia, as cangas, chinelos, óculos, entre outros. Os tecidos ganham mais resistência, graças a um maior investimento técnico neste campo. Na parte inferior predominam os shortinhos; o estilo que imita a camuflagem ganha espaço neste momento.
No início do século XXI ocorre um mix das mais variadas tendências, especialmente das vigentes nas décadas de 70 e de 90. Predomina o uso do padrão asa-delta. Novos modelos aparecem a cada momento, revolucionando ainda mais o mercado que gira em torno desta peça da indumentária feminina.
- Os mais antigos precursores dos biquínis de que se tem notícia foram mostrados num mosaico romano do século IV em que várias mulheres, de saiote e bustiê exíguos, praticam esportes.
- A atriz americana Jayne Mansfield foi a pioneira em usar um modelo cuja peça inferior avançava um pequeno centímetro até mostrar o umbigo, motivo de escândalo em Hollywood, no início da década de 60.
- Num verão ao final dos anos 70, apareceu o biquíni de crochê, que ficava todo torto quando molhava. Para segurar no lugar, as mulheres enrolavam a lateral. Assim nascia, por acaso, a tanga.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biquíni . As fotos foram retiradas do Google Imagens.
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